quarta-feira, 19 de junho de 2013

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Instituto Autismo e Vida: “Os benefícios da Atividade Física no Autismo” ser...: 20ª Reunião de Pais do IAV Na próxima Reunião Mensal  de Pais, Familiares e Colaboradores, que ocorrerá no dia 13 de julho, o Institu...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Pranchas


Modelos de tarefas concretas (pranchas)

AGENDAS


Agenda escrita
Aluno fazendo a cópia, transcrevendo para a sua agenda a rotina sinalizada pelos seus cartões. O aluno passará a escrever diariamente quais são os itens de sua rotina.

agenda pictórica - modelo de sinalização
Neste modelo de agenda, as fotos das crianças foram adaptadas em caixas de fósforo.

modelo de agenda escrita
Parte de uma agenda sinalizada pela escrita para alunos já alfabetizados

Agenda sinalizada com objetos representativos
A agenda sinalizada com objetos concretos é o primeiro nível de indicador visual de rotina. É usada basicamente para crianças em início de idade escolar (até 4 anos) ou para aqueles que não conseguem ainda abstrair a função das figuras, fotos e outros símbolos (por exemplo: autistas com baixo funcionamento e severa deficiência mental). Os objetos indicam cada fase do dia, cada ação que será realizada e em qual ordem. O aluno vai sendo trabalhado para que possa fazer a transição desta agenda para uma mais abstrata por meio das atividades do dia a dia.

modelo de agenda pictorica
Close de uma agenda de figuras. Imagem cedida pela APAE de Unaí/MG

agenda usada na educação física
Modelo de mural usado nas aulas de educação física.

Agenda sinalizada com pictogramas e escrita
Este modelo de agenda exige uma maior abstração do aluno, ou seja, o indivíduo já deve ser capaz de discriminar uma imagem, fazer a sua representação mental e atribuir á ela, uma ação. Usamos sempre a escrita associada para que ajude na visualização das letras e paavras.

Agenda ilustrada com fotografias
Agenda indicadora de rotina sinalizada com fotografias. É a segunda fase do sistema de reconhecimento de imagens. Fotos são imagens mais próximas da realidade e mais fáceis de abstrair do que os pictogramas e a própria escrita. O aluno vai sendo trabalhado para que consiga fazer a transição de uma agenda para outra.

Agendas - FONTE - CEDAP BRASIL


Agenda sinalizada com objetos representativos
Agenda parcial representada por objetos: estão sinalizadas nesta imagem as atividades de "artes" e "lanche"

modelo de agenda de fotografias
Esquema de um layout de organização da agenda sinalizada por fotografias (fixada próximo a mesa do aluno para facilitar o acesso)

MÉTODO TEACCH - Agendas


Agenda sinalizada com objetos representativos 2
Outro modelo de agenda usada com recursos concretos

PROJETO


 

 

DESENVOLVENDO A APRENDIZAGEM DOS AUTISTAS UTILIZANDO O MÉTODO TEACCH

 

 

                                                  

 

 

                                                        Por:

                                                                                                 Maíra Augusta Silva

 

 

 

 

 

 

 

VISCONDE DO RIO BRANCO

JULHO - 2012

 

EXECUTORES DO PROJETO:

 

Responsável pela elaboração: Maíra Augusta Silva – Supervisora Pedagógica

 

Responsáveis para confeccionar o recurso didático: Maíra Augusta Silva – Supervisora Pedagógica

Nilcéia Aparecida Vieira – Professora

Maísa Ferreira – Monitora

 

Responsável pelo trabalho a ser desenvolvido com os alunos: Nilcéia Aparecida Vieira – Professora

Maísa Ferreira – Monitora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Durante o Ano Letivo.

 

PÚBLICO ALVO: Alunos do Ensino Fundamental - 3º e 5º Ano.

 

RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS: Direção, Supervisão, Professora Regente de Turma, Monitora, Professora de Educação Física, Fonoaudióloga, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeutas, Assistente Social e Psicóloga.

 

APRESENTAÇÃO:

 

                Atualmente vários métodos de ensino em Educação Especial têm sido estudados na tentativa de descobrir qual é o mais eficaz na alfabetização de alunos que tem autismo.

A proposta do TEACCH se desenvolveu a partir de um grupo de abordagem psicanalítica criado no Departamento de Psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, para atender crianças com autismo (ou na época psicose infantil) e suas famílias no início da década de 60 (Speers e Lansing, 1965). Em meados da década de 60, o grupo contou com mais um membro da mesma universidade, Eric Schopler, que foi posteriormente fundador do TEACCH. A intervenção era de base psicodinâmica partindo da premissa da origem psicogênica do distúrbio (Kanner, 1943) e de que o autismo representaria uma fuga intencional e esquizofrênica da realidade, partia de propostas terapêuticas que tratassem pais e crianças separadamente, sendo as terapias em grupo para as crianças, oferecendo a esta liberdade total para que pudessem expressar seus sentimentos e terapia individual (de casal) intensiva para os pais, de forma que estes pudessem modificar sua relação com os filhos.

A partir do início da década de 70 o grupo, e mais enfaticamente, Schopler e Reichler, passou a reconhecer limitações substanciais na abordagem terapêutica adotada. Com base em suas experiências e observações, adotaram uma posição radical para a época, que de início significou não uma guerra contra a psicanálise, mas sim contra as propostas que entendiam o autismo como uma patologia causada pelos pais e consequentemente às abordagens terapêuticas condizentes com esta hipótese. Schopler e Reichler passaram a conceber o autismo como um transtorno de base neurobiológica, de etiologia desconhecida, que provocaria déficits cognitivos e provavelmente seria estabelecido por origens múltiplas (Schopler, Reichler e Lansing, 1980). Obviamente, isto muda o enfoque da proposta terapêutica que passa a buscar entender a patologia neurológica e desenvolver ambientes consistentes com as necessidades cognitivas das pessoas com autismo.

TEACCH - Treatment and Education of autistic and comunication handicapped children, em português significa: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação. Ele organiza o ambiente através de materiais que oferecem o apoio visual, aumentando a independência da criança através de um ensino estruturado.

O método proporciona aos alunos uma rotina diária pré estabelecida dentro e fora da sala, organizando assim questões internas e externas, as quais favorecem melhor desempenho em habilidades escolares.

Na sala de aula não pode ter estímulos visuais na parede e observa as carteiras estão viradas para a parede, as quais estão separadas por armários que acomodam as atividades.

Na sala pode colocar uma prateleira ou outro mobiliário com característica parecidas que determina a ordem das mesas que cada criança vai usar  no dia, um canto para descanso, 4 mesas individuais, sendo uma delas do professor, o qual deve trabalhar conteúdos mais complexos. Cada aluno vai passar uma vez por dia na mesa do professor.

Em cada mesa tem um painel que contêm a foto de cada criança e cartões que irão determinar as atividades da mesa.

Em relação às atividades, todas são feitas no concreto, pois dessa forma organizadas, favorecem um melhor entendimento da proposta da mesma.
 
JUSTIFICATIVA:
Esse Projeto surgiu com a necessidade de desenvolver a aprendizagem do aluno autista através de um método concreto que fosse manipulado pelos mesmo e identificando cada avanço, mostrar que mesmo com algumas limitações, o autista pode apresentar habilidades através do método.
O TEACCH beneficia:
          Generalização
          Controle do comportamento
          Independência
          Atenção
          Organização
          Desenvolvimento pedagógico
          Comunicação 
 
Características do TEACCH
 
          Individualidade na programação do currículo
          Instrução visual
          Rotina com flexibilidade
          Ambiente livre de hiperestimulação
          Clareza nas ordens
          Organizar a noção de fim
          Ensinar habilidades em situações as mais próximas das naturais
          Incentivar a comunicação
          Ordenação específica (da esquerda para a direita / de cima para baixo)
          Auto monitoramento provocando independência    
          Análise de tarefas como recurso de ensino e avaliação
          Ensinar a relação entre causa e efeito
          Ensinar habilidades para a vida adulta
No início de agosto a Supervisora Pedagógica junto com a Professora e a Monitora da sala, tem como proposta a confecção dos materiais para trabalhar com o método teacch (agendas, pranchas e outros) sendo também utilizados em parceria com a equipe terapêutica (Fonoaudióloga, Psicóloga, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta e Assistente Social) que serão utilizados pelos ambientes na escola.                                                                                                 
As atividades utilizadas em sala favorecem o aprendizado de classificação e discriminação de cores, formas, tamanho, quantidade, figura fundo, constância de forma, memória visual sequencial, trabalho de corpo associado ao ritmo, jogos que estimulam a coordenação motora global e fina, percepção corporal, enfim conceitos básicos, bem como alfabetização através de materiais que trabalham letras, números, silabas, palavras, associação de figuras e letras, conteúdos de matemática, entre outros.                
Sempre que se constrói um material, a estimulação multissensorial está presente, ou seja, com os materiais propostos pelo método, a criança tem a possibilidade de ver, ouvir o som das palavras e tocar (sentir) a atividade, porém tem que isolar outros estímulos externos como manter a porta fechada, cortina fechada, para que a criança preste mais atenção na atividade satisfatória, a qual tem enriquecido também o arsenal de materiais utilizados no ensino comum e na sala de recursos, utilizando os mesmos com crianças que tem dificuldade para aprender e abstrair informações.
 
Materiais que usam no método teacch:
 
                 Figura fundo
Memória visual sequêncial
Diferenciar número de letra
 
 
Sequência e encaixe
 
 
            Noção Espacial
 
 
            Constância de forma
 
 
 
Classificação de gêneros
 
 
 
 
           Encaixe
 
 
 
 
Discriminação de cores
           
 
 
Noção Espacial
                Coordenação viso espacial
                      Encaixe
 
 
        
 
 
Encaixe e discriminação visual
 
Quantidade
 
 
Discriminaçao de Cor e pinça fina
 
         
 
 
Tamanho e Quantidade
Classificação
Discriminando Vogais
 
    
 
 
 
 
Classificação por cor   
Discriminação de igual e diferente
Diferença entre cheio e vazio
    Discriminação de igual e diferente
   
 
Diferença entre cheio e vazio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Categorias diferentes
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Categorias diferentes
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discriminação visual e figura fundo
OBJETIVO GERAL:
·         Oportunizar aos alunos e professores a manipulação de materiais concretos, possibilitando a todos uma melhoria no processo ensino-aprendizagem.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 
·                 Identificar a importância do método teacch;
·                 Desenvolver habilidades no uso do material;
·                 Propiciar aos alunos e professores o uso do método;
·                 Explorar novas possibilidades pedagógicas e contribuir para uma melhoria do trabalho docente em sala de aula
·                 Despertar mais o interesse dos alunos pela aprendizagem;
·                 Possibilitar acesso ao método, a todos da escola;
·                 Possibilitar ao corpo docente condições para melhorar as práticas pedagógicas;
·                 Oportunizar ao corpo docente viverem novas relações aluno-professor em ambiente diferente de sala de aula tradicional;
 
METODOLOGIA
O Projeto será desenvolvido através do trabalho sistemático, de Agendas com a montagem de um material prazeroso que desperte a atenção do aluno, com um foco mais individualizado e específico para a compreensão do mesmo.
            Para colocar o método em prática, primeiro partimos da aceitação da instituição, depois pelos profissionais, que tem que ter o conhecimento sobre o teacch.
 
Iniciamos pelas Fases da aprendizagem:
Nova aprendizagem (dependente)
     Mostrar uma nova tarefa
     Dirigir o aluno para a execução da tarefa considerando os níveis de ajuda
     Instrução individualizada (1:1)
     Registrar o comportamento
Atividade Independente (trabalhar)
     Quando o aluno executa a tarefa sem a ajuda do instrutor
     Somente a partir deste momento é que sua atividade passa ao sistema de trabalho, garantindo a independência.
     Enquanto o aluno não dominar a tarefa, esta não deverá ser incluída na dinâmica do seu trabalho.
 
Tipos de ajuda
      Ajuda física total
      Ajuda física parcial
      Ajuda física + verbal
      Ajuda verbal + gestual
      Ajuda verbal
      Prompts
      Supervisão
 

RECURSOS DIDÁTICOS:
·       EVA;
·       TINTA GUACHE;
·       CARTOLINA;
·       COMPUTADOR;
·       COLA;
·       FOLHA A4
·       DUREX;
·       DUREX COLORIDO;
·       PINCEL;
·       OUTROS
 
 
DESENVOLVIMENTO:
            Reunião com a Professora e  monitora da sala juntamente com a Supervisora Pedagógica e os Profissionais envolvidos da área clínica, para discutir  “o método teacch no processo ensino-aprendizagem dos Alunos”.
            Levantamento de sugestões para o desenvolvimento das aulas usando o método.
            O Projeto será realizado através de atividades orientadas e auxiliadas pelo Professor Regente e a Monitora e contará com sugestões da Supervisora.
 
 
AVALIAÇÃO:
- Ocorrerá após cada atividade desenvolvida e servirá de base para o planejamento das atividades posteriores.
            - Através da participação e interesse dos alunos durante as atividades desenvolvidas.
- Melhoria no desempenho e interesse dos alunos nas atividades escolares.
            - Mudança de postura dos alunos e professores em relação método teacch.
A avaliação do projeto será realizada no final de cada semestre, no qual os profissionais envolvidos poderão refletir discutir e opinar sobre o trabalho desenvolvido.
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 
APRENDER A OLHAR PARA O OUTRO: Inclusão da Criança com Perturbação do
Espectro Autista na Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico.
 
BONORA L.M.B. A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM CASOS DE AUTISMO Psicopedagodia online. Educação e saúde. www.psicopedagogia. com.br/artigos/artigo.asp?entrlD=1307.
 
CAMINHOS PARA O AUTISMO. Modelos de tarefas concretas (pranchas). Disponível em: http://www.cedapbrasil.com.br/portal/modules/xcgal/thumbnails.php?album=6. Acesso em 16 jul. 2012.
 
JORDAN, Rita. (2000). Educação de Crianças e Jovens com Autismo, Instituto           de Inovação Educacional, Lisboa.
 
MWANG, Margaret, Gorden PORTER & Mel. AINSCOW (1997). Caminhos para as
Escolas Inclusivas, Instituto de Inovação Educacional, Lisboa.
 
VATAVUK, Marialice de Castro. ProFala. Distúrbios Aprendizagem? Disponível em: ww.profala.com/autismo1.htm/>. Acesso em 17 jul. 2012.