segunda-feira, 28 de junho de 2010

LETRA C E D


ATIVIDADES SOBRE FAMÍLIA








CAPA PARA AVALIAÇÃO DO 2º BIMESTRE - PROFESSORA - Alessandra Medeiros E.

PRÁTICAS E INCLUSÃO

APAE DE VISCONDE DO RIO BRANCO
CNPJ (MF) 26.140.772/0001 - 12 / Inscrição Estadual: Isento
Registro no SERVAS n°563/96 / UP Municipal Lei nº 25/92 de 01/07/92
UP Estadual Lei n.º 11.775 de 17/01/96 / UP Federal Processo M.J. n° 15.064/95 de 07/10/96
Ladeira José Soares da Costa, 386, Bairro Jardim Alice – CEP 36.520 - 000
Visconde do Rio Branco - MG
Tel.: 0xx-32 -3551-2902/ 3551-3580 - Fax.: 0xx-32 -3551-4164
E-mail  apaevrb@yahoo.com.br





PRÁTICAS DE INCLUSÃO

Atualmente a inclusão social é um assunto em debate, visando incluir a pessoa com deficiência na sociedade.
A inclusão escolar tendo como proposta reverter à exclusão, “abrindo” espaços para a inserção de crianças e jovens nas escolas comuns muito contribuirá para que a inclusão social possa acontecer.
A APAE de Visconde do Rio Branco, no final do ano de 2009 fez um levantamento dos alunos que estavam preparados para serem inseridos nas escolas comuns. O processo iniciou-se através de avaliações realizadas pelo (a) professor (a) com a orientação da Supervisora Pedagógica.
Para informamos aos pais sobre a inclusão dos alunos, foi realizada uma reunião juntamente com a Diretora e a Supervisora, orientando sobre o desenvolvimento do aluno, a importância dele freqüentar a escola comum e orientações sobre a matrícula na mesma.
Em outro momento a Direção e Supervisão da APAE entraram em contato com as escolas da rede estadual e municipal informando sobre a inclusão buscando vaga para a inserção do aluno na escola comum. Durante esse processo a Inspetora da SRE/Ubá, se manteve disposta a nos orientar nesse trabalho de inclusão.
Para a inclusão se tornar realidade, é preciso que todas as pessoas tenham consciência do que é inclusão, e aceite a pessoa com necessidades especiais, pois esta também desenvolve certas aptidões.
Diante desse processo de inclusão a APAE realizou a inclusão no total de 32 alunos na escola comum nesse ano de 2010, encontrou alguns obstáculos, mas, de modo geral podemos afirmar que está dando certo. Para dar acompanhamento à inclusão desses alunos a Direção e Supervisão mantêm contatos com as escolas através de telefonemas e contato com alguns familiares, acompanhando o processo de desenvolvimento do aluno.
A Instituição luta para conseguir salas de Recursos, há três anos consecutivos preenchemos formulários e enviamos para a SER/Ubá, mas, até hoje nenhuma sala foi aprovada.
A escola inclusiva deve reconhecer e atender às necessidades diversas dos alunos, oferecendo uma aprendizagem significativa para todos, buscando recursos para uma educação de qualidade.
Muitos professores que não são especializados para trabalhar com alunos com necessidades especiais, os ignora, achando que eles não são capazes de desenvolver habilidades. Esses professores se enganam, pois apesar do processo de aprendizagem ser lento, o aluno com necessidades educativas especiais nos surpreende com grandes avanços.
Daí torna-se necessário que cada educador faça reflexões da inclusão, mudando paradigmas.
No mundo da inclusão não há lugar para professores “alienados”. Diante do mundo atual encontramos uma realidade onde exige participação ativa dos professores, respeito, determinação, avaliação crítica do seu cotidiano escolar.
Cientes que nos deparamos com obstáculos, com dificuldades e grandes desafios, precisamos enfrentar tais situações, reforçando assim o papel do verdadeiro sentido da palavra inclusão.
Mas nem tudo está perdido! Um professor consciente de sua função estará pronto a enfrentar mudanças, a enfrentar novos desafios. Desafios estes que poderão começar pela sua própria capacitação, criando uma educação de qualidade para todos.
Deste modo as escolas regulares comuns também terão que se adequar às necessidades dos alunos com necessidades educativas especiais, para se tornar, uma escola inclusiva.
A inclusão é um sonho antigo que vem se tornando realidade.


Teresinha Sírio Simom Fernandes - Diretora
Maíra Augusta Silva -Supervisora Pedagógica

ALFABETO E ENCONTROS VOCÁLICOS - PARTE - 3









quinta-feira, 24 de junho de 2010

PSICOPEDAGOGIA

TEORIA E PRÁTICA
PSICOPEDAGÓGICA


“Uma das grandes dificuldades que enfrentam pais de crianças com dificuldades de aprendizagem e psicopedagogos é a aceitação e manejo adequado, por parte da escola, destas crianças, que provavelmente vão contribuir para um baixo índice de aprovação nas diferentes séries. Diante desta situação, há muitos preconceitos, falta de informação, chavões e, por outro lado, uma multiplicidade de fatores intervindos no sucesso ou fracasso escolar. Esta visão multidisciplinar muitas vezes não está ao alcance deste profissional que se encontra “na linha de frente da batalha”. Os fatores em jogo se interpenetram e configuram uma situação particular conforme cada caso em especial, exigindo uma compreensão específica.
Algumas professoras, querendo evitar uma postura autoritária na sala de aula, acabam por abrir mão de sua autoridade, deixando os alunos interagirem sem nenhuma orientação. Partem do pressuposto de que qualquer troca entre as crianças é necessariamente, rica, diversificada e produz autonomia no pensar e no agir.
Para que a interação social atue sobre a zona de desenvolvimento proximal, fazendo com que os processos maturacionais em andamento complementem-se e forneçam nova base para novas aprendizagens, é preciso planejar situações educativas que promovam uma aprendizagem efetiva, levando os alunos a explicitarem seus conhecimentos, a questionarem, a preencherem lacunas de informação, a se apropriarem de novos conhecimentos”

Entendemos que a Psicopedagogia é um campo de conhecimento em estruturação, sendo o estudo e a pesquisa dos fenômenos que concretamente ocorrem na dinâmica da sala de aula o pano de fundo que nos fornece os indicadores para a ação psicopedagógica, compromissada com o processo de integração do ser cognoscente no seu movimento do saber.

AÇÃO DO SUPERVISOR

Ação Pedagógica do
Supervisor Escolar


A supervisão escolar, de acordo com Anne Hicks deve ver entendida como “orientação profissional e assistência dadas por pessoas competentes em matéria de educação, quando e onde forem necessárias, visando ao aperfeiçoamento da situação total ensinio-aprendizagem”.

• “Supervisão Escolar é o processo que tem por objetivo prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades educacionais em nível de sistema ou unidade escolar, tendo em vista o resultado das ações pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação ensino-aprendizagem” (Przbylski, 1988)
• “Supervisão significa controle. Supervisão Escolar significa, pois, controle de vida escolar. Controle das atividades das organizações escolares e controle, principalmente, das ações praticadas pelos membros dessas organizações, em especial, os professores,” (Silva Júnior, 1984)• “Supervisão é (...) um trabalho de assistência ao professor, em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem”. (Rangel, 1983).
• “Supervisão quer dizer: coordenar, estimular, dirigir o desenvolvimento dos professores para que, por meio deles, se estimule cada indivíduo através do exercício de seu talento, para a mais completa e mais inteligente participação na sociedade a que pertence”. (Zernos, Luis Arture).
Numa “revolução” de idéias, de conceitos pode-se dizer que supervisão escolar é o serviço de assessoramento de todas as atividades que tenham influência no processo ensino aprendizagem, visando ao seu melhor planejamento, coordenação e execução, para que mais eficientes sejam atendidas as necessidades e aspirações do educando e da comunidade, bem como mais plenamente sejam efetivados os objetivos da educação e os objetivos da escola.
Com relação ao professor, pode-se dizer que supervisão escolar é a atividade de estimular, orientar e coordenar o desenvolvimento contínuo deste profissional para o desempenho mais eficiente de todas as suas funções orientado para o desenvolvimento do educando, a fim de que este possa torna-se cada vez mais consciente, eficiente e responsável em função de sua realidade pessoal e social.

".... o papel do professor implica expectativa dos alunos e vice-versa; o do supervisor suscita expectativa ante os professores e outros especialistas técnicos; precisamente neste caráter recíproco originam-se as sanções, pois cada uma das pessoas, no desempenho de seu papel, pode não adequar seu comportamento às expectativas do papel correspondente” realidade, a Supervisão justifica-se na medida em que contribui para a melhoria qualitativa e quantitativa do processo ensino aprendizagem sugerida pela Reforma do Ensino a pelas solicitações da sociedade contemporânea, possibilitando ao país, níveis crescentes de educação, pois, a falta do serviço de Supervisão ou a ineficácia dos existentes, é a principal causa da insuficiência técnica pedagógica, que retarda e malogra os planos de expansão do ensino, ao passo que, quando eficazes, promovem, elevam e garantem a qualidade da execução. Os supervisores atuam junto ao corpo docente. Finalmente, é preciso considerar, que embora oficialmente não tenham sido chamados de Supervisores e, na prática apresentem os mais variados títulos, para as suas funções, encontram se nas escolas e nos sistemas educacionais brasileiros, um largo contingente de profissionais exercendo tarefas de Supervisão (orientadores pedagógicos, coordenadores pedagógicos, entre os mais usados).


“Organizar a vontade coletiva constituirá a afirmação final do supervisor como educador e como especialista. Nas condições atuais o supervisor necessita ainda da investidura formal em sua função, necessita de credibilidade e do reconhecimento que o concurso público pode lhe proporcionar”

DISLEXIA

MAÍRA AUGUSTA SIVA



DISLEXIA

A dislexia é uma disfunção neurológica, geralmente hereditária, ou às vezes adquirida, que afeta a aprendizagem da leitura, sendo um sintoma leve ao severo. A dislexia é acompanhada de transtornos da escrita, ortografia, gramática, redação e cálculo. Afeta os meninos numa proporção maior que as meninas.
A dislexia pode ser identificada em três tipos:

• Dislexia Congênita ou Inata: O indivíduo nasce com a dislexia.
Este tipo de dislexia é incurável e deve ser tratada por profissionais.
• Dislexia Adquirida: Esta dislexia pode ocorrer devido a um
acidente qualquer. O indivíduo que antes lia e escrevia normal, passa a ter fases de dislexia, encontra dificuldades ao ler e escrever, apresentando falhas de memória e problemas de lateralidade.
• Dislexia Ocasional: É causada por fatores externos, que
aparece ocasionalmente. Pode ser causada por estresse, excesso de atividades, Tensão Pré-Menstrual (TPM) ou hipertensão. Não há necessidade de grandes tratamentos neste caso, apenas repouso, e tudo voltará ao normal.

Segundo Célia Silva Guimarães Barros (1997), a primeira descrição da dislexia foi feita em 1896, por um oftalmologista inglês: Pringle Morgan, que a chamou de “cegueira verbal congênita” e a atribuiu a uma deficiência de desenvolvimento do córtex cerebral.
Pringle Morgan estudou o caso de um menino de quatorze anos, saudável e de inteligência normal, que revelava enorme dificuldade para aprender as letras do alfabeto. (Célia Silva Guimarães Barros, 1997, p. 141).
Em 1900, Hinschelwood, outro oftalmologista inglês, verificou fenômeno idêntico. Entre os casos que ele observou, há o de um menino de onze anos que, com excelente memória e sabendo de cor todas lições, tão inteligente quanto seus irmãos, com quatro anos e meio de escola não tinha conseguido aprender a ler. (Célia Silva Guimarães Barros, 1997, p. 141).
Ler não depende apenas da capacidade de segmentação fonética (identificar sons e símbolos), é necessário, mas não é o suficiente para formar um bom leitor, por isso a criança adquire a linguagem escrita, pois os símbolos visuais (grafemas = letras), foram criados para representar os elementos da linguagem, pois esses elementos serão descobertos na linguagem escrita, onde a criança irá descobrir que uma palavra é composta por sons significantes e identificá-los, fazendo a interpretação, adquirindo a leitura.
A aprendizagem é quem incumbe do desenvolvimento dessa habilidade de leitura, pois não é nem natural e nem maturacional. Assim que a criança apresenta dificuldade para a aquisição e/ou automação da aprendizagem da leitura e escrita, pode ser o caso de Dislexia, uma vez que ela é uma dificuldade acentuada na leitura e escrita.
Ouvir também tem função importante no desenvolvimento e uso da linguagem normal, por isso processar informações sensoriais auditivas vivenciadas no meio inserido, em especial, no que se refere os sons verbais, é necessário para a aquisição da linguagem.
Paralelamente, pesquisadores pedagógicos apresentam estratégias de ensino inovadoras para crianças que encontram dificuldade para ler e entender o que lêem. Esses dons não se desenvolvem facilmente em 20% das crianças. Não que todos eles sejam disléxicos. Acredita-se que a dislexia representa o ponto mais baixo da capacidade de ler e entender. Entre pessoas famosas que apresentam esse distúrbio estão o ator Tom Cruise, que recorre a gravadores para decorar os textos, e o atleta olímpico Dan O’ Brien, que já foi três vezes campeão do declato. (Kantrowitz e Underwood, 2003).
A grande polêmica acerca do tema Dislexia é por seu comprometimento neurológico, mas precisamos entender que pertence à área da Saúde apenas a causa e o diagnóstico. O reconhecimento das características precocemente, as conseqüências, as soluções e as adaptações pertencem a Educação. Não existem disléxicos entre os analfabetos. É nas salas de aulas que a Dislexia se faz presente e o que é pior: de uma forma catastrófica e algumas vezes irreparável. As grandes dificuldades aparecem por volta dos 8 ou 9 anos de idade, quando a criança começa enfrentar temas acadêmicos mais complexos, as notas baixas e fraco desempenho escolar são características básicas na vida escolar de crianças disléxicas. (Projeto, 2003).
Manifestações de decepção, desaprovação, de cólera, de ridicularização, de humilhação por parte dos grupos a que pertencem, afetam mortalmente a auto-estima destas crianças. Elas são humilhadas em todos os sentidos e por todos os grupos em que está inserida: pelos pais, pelos irmãos, pelos colegas, pelos professores. Com sua auto-estima extremamente abalada, elas certamente desenvolverão distúrbios de conduta: da agressividade à timidez intensa ou depressão, e daí para a marginalidade propriamente dita, para a delinqüência, é apenas um passo. Isto indica um desajustamento social com graves conseqüências para a sociedade como um todo. Não existe orgulho nem satisfação em destacar-se na escola por problemas de aprendizagem, nem pelas notas baixas recebidas. (Projeto, 2003).
O educador com formação ou informação efetiva em dificuldades de aprendizado pode tornar-se canalizador do encaminhamento de providências junto ao aluno disléxico. Por isso é importante o educador estar sempre se aperfeiçoando profissionalmente em busca de novos conhecimentos.
Segundo Rodríguez (2003), a leitura – escrita é concebida como a forma de comunicação mais complexa que possui o homem e é o veículo por excelência do registro das variações culturais e técnicas da humanidade.
É tarefa de todos e quaisquer educadores, sejam eles os pais ou os professores, ter como base ética o compromisso de ver, desenvolver-se




diagnosticamente e efetivamente a aprendizagem acadêmica de seu(s) educando(s), buscando novas formas de aprendizagem, novos programas e processos de ensino que possam colaborar para a inclusão destas crianças no mundo das letras, ajudando-as a sobreviver dentro deste único modelo de escola que nos apresenta. Não podemos mais continuar contribuindo para que nossa sociedade padeça com as conseqüências que a desinformação dos problemas escolares promove; não podemos mais fechar os olhos e calar. Precisamos urgentemente lutar para que as informações e as novas formas de aprender cheguem dentro das escolas, aos educadores e aos pais. (Projeto, 2003).



2.1 – CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA DISLÉXICA

• Atraso no desenvolvimento da fala e linguagem;
• Confusão na pronúncia de palavras que se assemelham na sua forma sonora.
• Dificuldades no manejo dos termos relacionados com orientação espacial e temporal.
• Maior habilidade para a manipulação de objetos que para sua representação lingüística.
• Dificuldade para aprender rimas e seqüências.
• Marcada dificuldade na associação fonema – grafema.
• Tendência a escrever números e letras em espelho ou em direção inadequada.
• Falhas em atenção e concentração.
• Possíveis problemas de conduta.
• Dificuldades na organização do discurso e compreensão da leitura.



2.1.1 – Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, etc. (Associação, 2003).
Para identificar a dislexia, deve observar o rendimento escolar, os sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou em casa, a partir destes pode procurar uma ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga clínica, deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. (Associação, 2003).
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar o diagnóstico de dislexia, por isso que chamamos de Avaliação Multidisciplinar e de Exclusão.
Outros fatores deverão ser descartados como déficit intelectual, disfunções auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas ou adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com os constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são conseqüência, não causa da dislexia), e outros distúrbios de aprendizagem, como: o déficit de atenção, a hiperatividade (ambos podem ocorrer juntos, é o DAAH – Déficit de Atenção e Aprendizagem com Hiperatividade; lembrando que a hiperatividade também pode ocorrer em conjunto com a dislexia). (Associação, 2003).
Neste caso é importante, tomar o parecer da escola, dos pais e levantar um histórico familiar e de evolução do paciente.
No caso da dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento constante às particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o caso precisará daquele tempo, (muitas vezes indeterminado) para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes para o caso. Conhecendo as causas das dificuldades e os potenciais do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. O acompanhamento profissional dura de dois a cinco anos, dependendo do caso. (Associação, 2003).
Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades. Ele responde muito bem a tudo que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é mais facilmente absorvido. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente. (Associação, 2003).
Através desse processo, é importante haver troca de informações sobre o paciente, entre profissional, escola e família levantando os pontos positivos e negativos.


2.1.2 – Tratamentos

Reconhecer os sintomas é o primeiro passo para poupar o disléxico de anos de dificuldades e até mesmo do desinteresse pela escola. Hoje, com tratamentos pedagógicos, psicomotores e acompanhamento escolar, uma criança com dislexia pode chegar a faculdade sem problemas, mesmo que mais lentamente. (Olivier, 2003).
Devido a complexidade da dislexia e os resultados diferentes encontrados por vários pesquisadores, alguns autores propõem que se considerem não fator causal apenas, mas a pluralidade de causas. (Célia Silva Guimarães Barros, 1997, p. 146).
As sugestões de tratamento da dislexia são várias, pois são diversas as causas.
• Exercícios para deficiência de coordenação física
• pular corda;
• saltar de trampolins;
• jogar basquetebol;
• brincar em gangorra;
• e outros.

Segundo Célia Silva Guimarães Barros (1997), os proponentes de uma base química para a dislexia sugerem: cuidadosa supervisão da dieta, alimentos sem conservantes, doses maciças de vitaminas, tranqüilizantes etc.
Para realizar um trabalho com a criança disléxica, o professor deve procurar orientações de outros profissionais e recursos para trabalhar com criança.
A criança disléxica que tem o apoio da família, o acompanhamento de profissionais e da família, ela consegue progressos em seu tratamento.


3 – O PAPEL DA ESCOLA

Dentro da sala de aula, é preciso muita atenção para lidar com o problema. A maior dificuldade é que muitos professores não têm informação suficiente sobre essa disfunção. Por isso, podem acabar discriminando a criança ou excluí-la das atividades corriqueiras da classe. Esse tipo de atitude pode levar a criança a ficar assustada, sentindo-se incompreendida e com baixa auto-estima. (Criando nossos filhos, 2000, p. 53).
Quando a criança disléxica é “esquecida” na sala de aula, a mesma acaba se isolando dos colegas.
Muitas escolas ainda não despertaram para esse problema. Sem saber como lidar com as dificuldades das crianças disléxicas, acabam deixando-as de lado e o resultado é que um bom número delas nem mesmo chega a ser alfabetizada. (Criando nossos filhos, 2000, p. 53).
A partir do momento que os alunos disléxicos saem da escola, os mesmos se julgam inferiores. A dislexia é uma das causas da repetência escolar.
Para resolver esse quadro problemático, seria necessário um melhor preparo dos professores, além da adoção de currículos escolares menos rígidos, que oferecessem estratégias mais apropriadas para a aquisição da linguagem. (Criando nossos filhos, 2000, p. 53).
Muitas crianças sentem-se discriminadas por não conseguirem escrever corretamente e por não terem habilidade para copiar da lousa ou de livros. Os colegas podem rir às escondidas e a professora brigar com a criança por causa da letra feia e incompreensível. Quando se descobre o distúrbio, talvez seja necessário procurar um psicólogo para tratar da timidez e da vergonha que a criança passou a sentir por ser discriminada. (Criando nossos filhos, 2000, p. 54).
Às vezes por falta de informação a criança é taxada como incapaz ou “burra” pelos professores. A criança passa a ter problemas como: depressão, auto-estima baixa e se isola das pessoas.


3.1 – A DISLEXIA EM SALA DE AULA

Como a dislexia pode ser genética ou hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, a escola e a própria criança.
A pessoa com dislexia apresenta alguns sintomas nas fases abaixo:

Pré-Escola
• Dispersão;
• Fraco desenvolvimento da atenção;
• Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
• Dificuldade em aprender rimas e canções;
• Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
• Dificuldade com quebra-cabeça;
• Falta de interesse por livros impressos.

Idade Escolar
• Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
• Desatenção e dispersão;
• Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
• Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica, dança, etc.);
• Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
• Confusão entre esquerda e direita;
• Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc.;
• Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;
• Dificuldade de memória de curto prazo, como instruções,recados, etc.;
• Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
• Troca de letras na escrita;
• Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
• Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o“palhaço” da turma;
• Grande desempenho em provas orais.

Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão permear a fase adulta.

Adultos
• Continuada dificuldade na leitura e escrita;
• Memória imediata prejudicada;
• Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
• Dificuldade com direita e esquerda;
• Dificuldade em organização;
• Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como
conseqüência: depressão, ansiedade, baixa auto-estima e algumas vezes o ingresso para as drogas e o álcool.

Para Vicente Martins (2003), os processos básicos, isto é, que se voltam à decodificação e à compreensão de palavras, são particularmente importantes nas primeiras etapas da aprendizagem da leitura (ou leitura inicial na educação infantil) e devem ser automatizados ou bem assimilados no primeiro ciclo de ensino fundamental (até a quarta série), já que um déficit em algum deles atua como um nó de gravata que impede o desenvolvimento dos processos superiores de compreensão leitora.


3.1.1 – A Relação do Professor com o Aluno Disléxico

Segundo Célia Silva Guimarães Barros (1997), é comum ouvirmos dos professores, frases como estas: “O necessário é ter vontade!”, “Não devemos mimar os alunos”, “É importante tratar todas as crianças igualmente, sem exceções...”, “Não podemos aceitar cadernos tão bagunçados”.
O Professor que acha que a criança disléxica não possui uma disfunção, o mesmo deve buscar esclarecimentos sobre o problema para poder desenvolver o seu trabalho com o aluno.
Pouco adianta utilizar diferentes recursos pedagógicos se o estudante está com a auto-estima abalada. Muitas vezes ele já passou por vários traumas quando o diagnóstico finalmente é feito. “O segredo está em descobrir as habilidades dele para que possa acreditar em si mesmo ao se destacar em outras áreas, como as artes e os esportes”. (Nova Escola, 2005, p. 62).
Não é fácil encontrar a medida certa no trato com o disléxico. O professor deve ajudar, mas não superproteger. O ideal é trabalhar a autonomia da criança para que ela não comece a achar que é dependente em tudo. “O professor pode, por exemplo, ler a pergunta em voz alta e certificar-se de que a proposta foi entendida. Mas não pode interferir no raciocínio dela dizendo o que é para fazer”. Quando o professor consegue acolher esse estudante e respeitá-lo em suas diferenças, sem cair na armadilha do sentimento de pena, proporciona a ele um grande benefício. Mais do que isso, oferece também a toda classe uma rica experiência de convivência com a diversidade. (Nova Escola, 2005, p. 62).


3.1.2 – Sugestões para o Professor trabalhar
com o Aluno Disléxico

São várias as alternativas disponíveis para que o estudante com dislexia possa acompanhar a turma e demonstrar o que aprendeu sem estresse. (Nova Escola, 2005, p. 62):
• Dar a ele um resumo do programa a ser desenvolvido, se possível já no ato da matrícula.
• Expor, no início do ano, qual a matéria a ser dada e os métodos de avaliação que serão utilizados.
• Iniciar cada novo conteúdo com um esquema mostrando o que será apresentado no período. No final resumir os pontos-chave.
• Usar vários recursos de apoio para apresentar a lição à classe, além do quadro negro: projetor de slides, retroprojetor, vídeos e outros recursos multimídia.
• Introduzir vocabulário novo ou técnico de forma contextualizada.
• Evitar dar instruções orais e escritas ao mesmo tempo.
• Avisar com antecedência quando houver trabalhos que envolvam leitura para que o aluno encontre outras formas de realizá-lo, como gravar o livro, por exemplo.
• Propor trabalhos em grupo e atividades fora da sala de aula, como dramatizações, entrevistas e pesquisas de campo sempre que possível.



• Fazer revisões com tempo disponível para responder às possíveis dúvidas.
• Autorizar o uso de tabuadas, calculadoras simples, rascunhos e dicionários durante as atividades e avaliações.
• Aumentar o limite de tempo para atividades escritas.
• Ler enunciados em voz alta e verificar se todos entenderam o que está sendo pedido.

O professor também pode:
• Explicar à criança o seu problema.
• Sentar-se ao lado dela.
• Não force o aluno a aceitar a lição do dia.
• Não o pressione com o tempo, nem estabeleça competições com os outros.
• Seja flexível quanto ao conteúdo das lições.
• A criança pode tentar disfarçar seus erros, através da caligrafia ilegível.
• Faça críticas construtivas.
• Estimule o aluno a escrever em linhas alternadas, o que permite a leitura da caligrafia imprecisa.
• Certifique-se de que a tarefa de casa foi entendida pela criança.
• Peça aos pais que releiam com ela as instruções.
• Evite anotar todos os erros na correção. Dê mais importância ao conteúdo.
• Não corrija com caneta vermelha. Isso fere a suscetibilidade da criança com problema de aprendizagem.
• Procure descobrir os interesses da criança.
• Procure leituras que interessem à criança.



Leitura e escrita
O aluno:
• Escreve a letra com o dedo no próprio corpo;
• O professor escreve com o dedo nas costas do aluno e outras partes do corpo;
• Emitir o som da letra;
• Andar sobre a letra escrita no chão (letra grande e andar no sentido da escrita);
• Emitir o som da letra;
• Seguir com a lanterna a letra escrita no chão;
• Emitir o som da letra;
• Escrever a letra no ar com o dedo
• Desenhar a letra na parede com a lanterna;
• Emitir o som da letra;
• Focalizar a letra no quadro com a lanterna;
• Emitir o som da letra;
• Espetar (furar) a letra com a ponta do lápis ou caneta, a letra escrita no isopor;
• Emitir o som da letra;
• Colar barbante na letra escrita na folha em branco;
• Emitir o som da letra;
• Fazer a letra com massa de modelar;
• Emitir o som da letra;
• Ler a letra no quadro;
• Cópia da letra;
• Ditado da letra;
• Ditado da letra no início, meio e fim de palavras.




Materiais usados: giz, lápis, caneta, lanterna, isopor, lápis, barbante, cola e massa de modelar.

Estas são algumas sugestões, que o professor pode desenvolver com o aluno disléxico na sala de aula.

PROJETO - CONSTRUINDO CIDADANIA

Fundada em 12/05/92
CNPJ: 26.140.772/0001 - 12
ENDEREÇO: Ladeira José Soares da Costa, 386 – JD Alice
TELEFAX: (32) 3551- 2902 – E – mail: apaevrb@yahoo.com.br
Visconde do Rio Branco - MG



Construindo Cidadania



POR:


Maíra Augusta Silva (Supervisora Pedagógica)

Simone Pires Machado Dias (Assistente Social)




Visconde do Rio Branco – MG
2010



Construindo cidadania

Período: Agosto a Dezembro de 2010.

Público Alvo: Crianças de 04 a 05 anos matriculadas na Educação Infantil e Crianças de 6 a 08 anos matriculadas no 1º ano do Ciclo de Alfabetização do Ensino Fundamental.
Recursos Humanos Envolvidos: - Supervisora Pedagógica: Maíra Augusta Silva
- Assistente Social: Dagmar de Souza Fernandes
- Professoras: Alessandra Medeiros Evangelista
Maria Helena da Silva Ferreira
Maíra Augusta Silva


Justificativa

Este projeto é fruto de uma necessidade de intervenção em trabalhar com os alunos desta instituição a fim de dar a eles subsídios para a sua formação de cidadania, de modo a prepará-los para a sua convivência em sociedade, através da introdução de conceitos básicos essenciais que contribuam para a formação de sua cidadania.
Para o direcionamento deste projeto partimos da definição de Cidadania dada pelo dicionário Aurélio que diz: Cidadania (do latim,civitas,"cidade"), é o conjunto de direitos, e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.

Objetivos:

Objetivo Geral:

Contribuir para a formação de cidadania dos alunos da instituição.

Objetivo Específico:

• Introduzir conceitos que contribua para a formação de cidadania como: amizade, respeito, dignidade, tolerância.

• Despertar o interesse e Incentivar a leitura.

• Inclusão social


Metodologia:

Serão realizados encontros quinzenais com os alunos de 50 minutos.
O desenvolvimento das atividades terão como propósito trabalhar a cidadania, a partir de uma linguagem clara de forma lúdica e prazerosa.
Este trabalho contará com a participação das Professoras, Assistente Social e Supervisora, realizando as atividades na classe e extra-classe.

Recursos:

• Livros
• Violão
• DVD
• Folha A4
• Lápis 02
• Lápis de cor
• Transporte

Desenvolvimento das atividades:

Primeira etapa: Apresentação do Projeto
Contação de História
Bia e a Mansidão
Música: A abelhinha
Discussão reflexiva sobre o tema
Passeio Inclusivo: Conservatório Estadual de Música Theodolino José Soares da Costa.

Segunda etapa: Contação de História
Talma e o Domínio Próprio
Desenho sobre a história
Discussão reflexiva sobre o tema
Passeio Inclusivo: Museu de Visconde do Rio Branco

Terceira etapa: Filme:
O Saci na cidade
Discussão reflexiva sobre o tema
Passeio Inclusivo: APAE- Rural Vítor Cúlen Viana – Fábrica de sorvete.

Quarta etapa: Contação de história
Tula e a Paz
Discussão reflexiva sobre o tema
Pintura
Passeio Inclusivo: Academia Projeto Saúde

Quinta etapa: Contação de História
Prisco e o Amor
Desenho sobre a história
Discussão reflexiva sobre o tema
Passeio Inclusivo: Praça ?/ Pracinha do Barreiro.

Sexta etapa: Avaliação do Projeto com Profissionais e alunos envolvidos.

Monitoramento e avaliação:

O monitoramento bem como a avaliação do projeto fará parte do final do projeto (6ª etapa), no qual os alunos e profissionais envolvidos poderão refletir, discutir e opinar sobre o trabalho desenvolvido.

Cronograma:
Agosto Setembto Outubro Novembro Dezembro
Primeira etapa X
Segunda etapa X
Terceira etapa X
Quarta etapa X
Quinta etapa X
Sexta etapa X

PROJETO - A TECNOLOGIA COMO SUPORTE PEDAGÓGICO

APAE DE VISCONDE DO RIO BRANCO
CNPJ (MF) 26.140.772/0001 - 12 / Inscrição Estadual: Isento
Registro no SERVAS n°563/96 / UP Municipal Lei nº 25/92 de 01/07/92
UP Estadual Lei n.º 11.775 de 17/01/96 / UP Federal Processo M.J. n° 15.064/95 de 07/10/96
Ladeira José Soares da Costa, 386, Bairro Jardim Alice – CEP 36.520 - 000
Visconde do Rio Branco - MG
Tel.: 0xx-32 -3551-2902/ 3551 3580 Fax.: 0xx-32 -3551-2902
E-mail  apaevrb@yahoo.com.br






PROJETO - A TECNOLOGIA COMO SUPORTE PEDAGÓGICO






Visconde do Rio Branco
Maio / 2009



EXECUTORES DO PROJETO:

Responsável pela elaboração: Maíra Augusta Silva – Supervisora Pedagógica

Responsável pelo recurso tecnológico: Rodney Agostinho da Silva – Instrutor de Informática




















PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Durante o Ano Letivo.

PÚBLICO ALVO: Alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental - 1º ao 5º Ano e Educação de Jovens e Adultos.

RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS: Direção, Supervisão, Instrutor de Informática e Professores Regentes de Turmas.

APRESENTAÇÃO:
O Laboratório de Informática da APAE foi inaugurado no dia 04 de Outubro de 2003, e desde então, tem a preocupação de encaminhar seus trabalhos de forma pedagógica, procurando inserir-se no contexto do Projeto Político Pedagógico da escola. Seu compromisso está pautado em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador. Requer dos profissionais envolvidos novas competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia relacional: isto implica criar e recriar estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativas para o aprendiz, sem perder de vista o foco da intencionalidade educacional.
A Tecnologia na Educação requer um olhar mais abrangente, envolvendo novas formas de ensinar e de aprender condizentes com o paradigma da sociedade do conhecimento, o qual se caracteriza pelos princípios da diversidade, da integração e da complexidade.
A escola deve oferecer diversas possibilidades ao aluno para que ele construa o seu saber de modo significativo. O computador, como uma ferramenta pedagógica, enriquece as aulas tornando-as mais dinâmicas e motivadoras, favorecendo a construção do conhecimento e ao desenvolvimento da aprendizagem. O professor é um elo de conexão entre o aluno e o conhecimento. Seu trabalho deve ser de mediador, auxiliando o aluno no seu processo de construção através de uma aprendizagem colaborativa, onde o conhecimento não termina em si mesmo.
A Sala Informatizada está centrada principalmente no desenvolvimento da auto-estima, da autonomia e da própria identidade da pessoa como cidadã participante da sociedade.
O papel do Professor como mediador é fundamental para que o Laboratório de Informática da escola realmente seja utilizado como ambiente de aprendizagem.

JUSTIFICATIVA:
As aulas no Laboratório de Informática têm como objetivo, facilitar o acesso aos recursos tecnológicos e metodologias que possibilitem nova abordagem do currículo integrando as diversas áreas.
Há uma urgência em fazer das tecnologias mais uma possibilidade de ensino, de tornar efetivamente nossas aliadas no processo de ensino-aprendizagem.
O Laboratório de Informática não precisa ter necessariamente só computador: pode ser desenvolvidas atividades através da televisão, vídeo, jogos, desde que estes sejam planejados possibilitando uma aprendizagem significativa para o aluno.
Como em toda aula, antes de levar o aluno ao Laboratório de Informática, é preciso haver planejamento do que será desenvolvido e que objetivos pretende-se alcançar. O Professor da turma deve planejar a aula de acordo com o currículo escolar (assunto/conteúdo), com antecedência, e o Instrutor de Informática irá disponibilizar os recursos necessários para se desenvolver a atividade proposta.
Planejar é princípio básico para o desenvolvimento das ações intencionais e é fundamental, para um bom planejamento, que ele seja registrado. O registro organiza o fazer do educador e permite a plena execução do projeto, já que nele são traçadas as propostas mais importantes.



OBJETIVO GERAL:
• Oportunizar aos alunos e professores o acesso às tecnologias educacionais de forma ativa e produtiva, possibilitando a todos uma melhoria na qualidade do processo ensino-aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar a importância das tecnologias de comunicação e informação para o processo ensino-aprendizagem;
• Desenvolver habilidades no uso das tecnologias utilizadas;
• Propiciar aos alunos e professores o uso das novas tecnologias como um meio para o desenvolvimento de uma educação voltada às exigências atuais e futuras;
• Valorizar o lado social, crítico, emocional, imaginário do aluno, deixando margens para exploração de novas possibilidades de criação;
• Explorar novas possibilidades pedagógicas e contribuir para uma melhoria do trabalho docente em sala de aula, valorizando o aluno como sujeito do processo educativo;
• Tornar disponível para um uso efetivo o laboratório de informática;
• Despertar mais o interesse dos alunos pela aprendizagem;
• Mostrar para os alunos a possibilidade de aprender a aprender;
• Possibilitar acesso ao recurso tecnológico a todos os alunos da escola;
• Possibilitar ao corpo docente condições para melhorar as práticas pedagógicas;
• Oportunizar ao corpo docente viver novas relações aluno-professor em ambiente diferente de sala de aula tradicional;
• Trazer a tecnologia como uma aliada ao processo ensino-aprendizagem;
• Aumentar a criticidade dos alunos por meio de consultas às diversas
• Mostrar aos alunos a possibilidade de aulas dinâmicas e interativas;
• Preparar alunos para serem futuros Monitores.

METODOLOGIA
Para que as tecnologias promovam as mudanças esperadas no processo educativo, elas devem ser usadas não como máquinas para ensinar ou aprender, mas como ferramenta pedagógica para criar um ambiente interativo que proporcione ao aprendiz, diante de uma situação problema, investigar, levantar hipóteses, testá-las e refinar suas idéias iniciais, construindo assim seu próprio conhecimento.
É necessário assumir/entender nosso papel de educadores nesta sociedade em transformação. Mais do que incentivar nossos alunos a acessar a internet buscando material, precisamos, junto com eles, explorar estes meios, aprendendo também produzir, veicular e fazer circular informações e significados construídos neste espaço de convivência.
No Laboratório, os alunos irão utilizar o computador com as atividades já inseridas no mesmo e terão a ajuda do professor (da turma) para auxiliá-los no desenvolvimento da atividade, sempre interagindo técnica, conhecimento e habilidades. O Instrutor de Informática também dá apoio técnico ajudando no que for necessário. Temos vários recursos para serem utilizados, estes deverão ser selecionados previamente pelo professor regente e orientado pelo instrutor de informática, tais como softwares do computador, softwares educativos (jogos educativos), atividades on line e também recursos multimídia: vídeos, músicas e outros. Todo esse conjunto irá oferecer ao aluno um ambiente agradável e propício à aprendizagem, onde a descoberta se faz a cada momento.
O desenvolvimento de projetos acontece mediante planejamento em parceria com professor, instrutor e supervisor pedagógico. Durante o desenvolvimento do projeto será observado o processo de aprendizagem dos alunos.
O Instrutor da Sala Informatizada e o Supervisor Pedagógico também acompanha e avalia o trabalho realizado, contribuindo assim com o professor no seu fazer pedagógico.
Deverá ser realizado um planejamento no qual o professor elabore sistematicamente um plano (tema, objetivos, abordagens e duração) de uso do laboratório para que todos possam utilizar o recurso disponível.
A troca de experiência é válida entre os professores para discussão e avaliação das formas em que o laboratório vem sendo utilizado.

RECURSOS DIDÁTICOS:
• Computador;
• TV;
• Vídeo;
• CD;
• DVD.

DESENVOLVIMENTO:
Reunião com os Professores juntamente com a Supervisora Pedagógica e o Instrutor do Laboratório de Informática, para discutir sobre “O uso do computador no processo ensino-aprendizagem dos Alunos”.
Levantamento de sugestões para o desenvolvimento das aulas no Laboratório.
O Projeto será realizado através de atividades orientadas pelo Professor Regente e contará com sugestões da Supervisora e orientação do Instrutor de Informática quanto ao uso da tecnologia.

Atividades sobre:
• Coordenação Motora.
• Lateralidade.
• Formas.
• Cores
• Leitura e escrita usando o computador.
• Jogos educativos.
• A utilização da TV e vídeo.
• Digitação.
• O uso da Internet para pesquisas.
• Vídeo

OBSERVAÇÃO: Nas Turmas de Educação Infantil, as atividades serão desenvolvidas através de vídeos educativos. O que acontecerá também com as Turmas de EJA / Programas Pedagógicos Específicos, porém os vídeos abordarão os temas: Sexualidade, AVD’S, AVP’S entre outros a serem incluídos no Cronograma mensal.



AVALIAÇÃO:
- Ocorrerá após cada atividade desenvolvida e servirá de base para o planejamento das atividades posteriores.
- Através da participação e interesse dos alunos durante as atividades desenvolvidas.
- Melhoria no desempenho e interesse dos alunos nas atividades escolares.
- Mudança de postura dos alunos e professores em relação aos recursos tecnológicos.

A avaliação do projeto será realizada no final de cada semestre, no qual os profissionais envolvidos poderão refletir, discutir e opinar sobre o trabalho desenvolvido.



OBSERVAÇÃO:
Este Projeto é flexível, podendo sofrer alterações de acordo com as necessidades do aluno e da escola.
De acordo com Temas específicos a serem desenvolvidos através de outros Projetos na sala de aula e as Datas Comemorativas, tendo em vista o material disponível na escola (vídeo, DVD ou CD), será entregue um cronograma mensal com sugestões de vídeos para a Professora trabalhar com os alunos.












REFERÊNCIAS


CIDADANIA EMBRAER. “O uso do computador no processo ensino-aprendizagem de uma escola que a tecnologia tem... Disponível em: . Acesso em 26 abr. 2009.

PAULI, Juliana. A Tecnologia na Educação requer um olhar mais abrangente. Disponível em: http://www. pmf.sc.gov.br/ebmcarvalhal/salainformatizada.html - 19k - >. Acesso em 26 abr. 2009.

VIANA, Sandra R. de A. O uso da informática na sala de aula. Disponível em: http://atividadeseducativas-trocandoideias.blogspot.com/. Acesso em 28 abr. 2009.

TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E MUDANÇAS. A Lumiar é uma escola muito diferente, com uma proposta pedagógica própria e que cabe o uso da tecnologia. Disponível em: . Acesso em 26 abr. 2009.











ANEXO

CRONOGRAMA:

DATAS VÍDEOS
/ /2009






/ /2009





/ /2009





/ /2009

PROJETO - ORIENTAÇÃO SEXUAL

APAE ESCOLA MIGUEL SLAIBI
PORTARIA Nº 17/95 – PARECER Nº 918/94
PROCESSO Nº 21.297 - APROVADO EM 16/12/1994
Ladeira José Soares da Costa, 386, Bairro Jardim Alice – CEP 36.520 - 000
Visconde do Rio Branco - MG
Tel.: 0xx-32 -3551-4164/ 3551-3580 Fax.: 0xx-32 -3551-4164
E-mail:apaevrb@yahoo.com.br






PROJETO




ORIENTAÇÃO SEXUAL




Por: Flávia Marisa Alves Lima
Maíra Augusta Silva
Simone Pires Machado






VISCONDE DO RIO BRANCO
2009




ORIENTAÇÃO SEXUAL



Apresentação:

A sexualidade é muito mais do que sexo. Ela é um aspecto central na vida das pessoas e envolve também os papeis sexuais, orientação sexual, erotismo, prazer, envolvimento emocional, amor e reprodução.
É vivenciada e expressa por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papeis e relacionamentos. Em todas as sociedades as expressões da sexualidade são alvo de normas morais, religiosas ou cientificas, que vão sendo aprendidas pelas pessoas desde a infância.
A sexualidade envolve, além do corpo, a história, os costumes, as relações afetivas e a cultura. É importante buscarmos o auto conhecimento, para que possamos fazer as escolhas que sejam mais positivas para a nossa vida.
As pessoas com deficiência, como todas outras, têm necessidade de expressar seus sentimentos e sua sexualidade, entendida como componente da vida de todo ser humano abrangendo a amizade, a vivencia do amor e as trocas e relações afetivo sexuais, sem distinção de etnia, sexo, classe social , presença ou não de deficiência.
As maiores barreiras a vivencia da sexulidade pela pessoa com deficiência estão ligadas aos preconceitos e esteriótipos. Facilitar a vivência da sexualidade pela pessoa com deficiência mental exige mudanças conceituais e de postura. Um novo olhar voltado para as potencialidade da pessoa com deficiência deve resgatar o direito ao afeto, ao namoro e as vivências sexuais.



Período: Abril a Julho de 2009.


Profissionais Envolvidos:

- Direção: Teresinha Sírio Simon Fernandes
- Supervisão Pedagógica: Maíra Augusta Silva
- Professores: Teresinha Souza de Paula
Deise Ferraz Cordeiro
Derli Migueleto de Melo
Inês do Carmo Santos Namorato
Dóris de Carvalho Milagres
Magda Maria da Silva Pires
Marta Helena Pereira
Maria de Lourdes Cardoso
Flávia Lima de Souza
Cleonice Fernandes
Marluce Rodrigues de Melo
Érica Rocha
Nair Cardoso
Maria Thereza Vieira Alves Pinto
- Psicóloga: Flávia Marisa Alves Lima
- Secretaria: Isabel Cristina de Oliveira
- Responsável pelo recurso tecnológico: Rodney Agostinho da Silva – Instrutor de Informática
- Clínico Geral: Miguel Slaibi Filho


Público Alvo: Alunos da 2ª infância e fase adulta.




Justificativa:

Diante da indicação do corpo docente, sobre a necessidade de trabalhar a sexualidade com os alunos. Considerando a importância da sexualidade no desenvolvimento da personalidade humana e a dificuldade da família em abordar o tema, nos dispomos a realizar esse projeto de orientação, não só de maneira informativa, mas também de forma afetiva.
A vivência adequada da sexualidade melhora o desenvolvimento afetivo, a capacidade de relacionamento interpessoal, fortalece a auto estima, o autoconceito e a adequação social.


Objetivos:

Objetivo Geral:

Propiciar aos alunos o melhor entendimento sobre sua própria sexualidade.


Objetivo Específico:

• Diferenciar gêneros e conhecimento do corpo erótico e reprodutivo;
• Identificar a diferença entre sexo e sexualidade;
• Orientar quanto à conduta sexual adequada;
• Informar as formas de prevenção sobre doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.


Metodologia:

O desenvolvimento das atividades terá como proposta, trabalhar a sexualidade de forma clara, lúdica e prazerosa, através de dinâmicas de grupo.
Os encontros serão quinzenais com duração de 50 minutos.


Recursos:

• Livros
• DVD
• CD
• Folha A4
• Lápis 02
• Lápis de cor
• Revistas
• Cola
• Papel pardo
• Pincel atômico
• Data Show




Desenvolvimento das Atividades:

• Palestra com os pais sobre como lidar com a sexualidade de seu filho.
• Apresentação e introdução do tema.
• Leitura reflexiva: Livro: Sexo não é Bicho Papão e Sexo e Sexualidade.
• Desenvolvimento de oficinas de desenhos com os temas: gênero e corpo.
• Organização de grupos de debate.
• Palestras sobre doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.



Monitoramento e Avaliação:

Será realizado encontros mensais para a discussão do tema e das atividades desenvolvidas.









Cronograma:


Etapas Abril Maio Junho Julho
Primeira etapa Palestra com os pais sobre como lidar com a sexualidade do seu filho.
Apresentação e introdução do tema para professores e alunos.
Segunda etapa Oficinas de desenhos, gênero e corpo.
Terceira etapa Dinâmicas de grupo e Oficinas.
Quarta etapa Dinâmicas de grupo e Oficinas.

Quinta etapa Palestra sobre doenças sexualmente transmissíveis.
Sexta etapa Avaliação do Projeto.















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, Marcos. Sexo não é bicho-papão. 2 ed. – Rio de Janeiro Zit 2008


BOUER, Jairo. Quero entender tudo sobre sexualidade. 1. ed. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2006.


Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação / Secretaria de Educação. Fundamental. – Brasília; MEC / SEF, 1999. 164p.


TRABBOLD, Ângela. LIDAR COM A SEXUALIDADE DOS FILHOS JÁ É UM TABU PARA A MAIORIA DOS PAIS.... Disponível em: . Acesso em 18 dez. 2008.











ANEXO

Cronograma:

Etapas Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Sétima etapa
Oitava etapa
Nona etapa
Décima Primeira etapa

Décima Segunda etapa
Décima Terceira etapa

PROJETO - SAÚDE E NUTRIÇÃO

APAE ESCOLA “MIGUEL SLAIBI”
PORTARIA Nº 17/95 – PARECER Nº 918/94
PROCESSO Nº 21.297 - APROVADO EM 16/12/1994
Ladeira José Soares da Costa, 386, Bairro Jardim Alice – CEP 36.520 - 000
Visconde do Rio Branco - MG
Tel.: 0xx-32 -3551-4164/ 3551-3580 - Fax.: 0xx-32 -3551-4164
E-mail: apaevrb@yahoo.com.br






PROJETO SAÚDE E NUTRIÇÃO


PERÍODO: 24/03/09 a 30/03/09.

PESSOAL ENVOLVIDO: Direção, Supervisão, Professores e Alunos.

JUSTIFICATIVA: Este Projeto tem como proposta abordar a importância do consumo de alimentos saudáveis para o desenvolvimento da criança, educando o aluno a ter uma boa alimentação, cuidando assim de sua saúde.

OBJETIVO GERAL: Mostrar a importância de uma boa alimentação e sua contribuição para a nossa saúde.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Conceituar nutrição e saúde;
• Orientar a criança na aquisição dos hábitos de uma boa alimentação;
• Esclarecer sobre o aproveitamento dos alimentos pelo nosso organismo;
• Conhecer e identificar alimentos variados;
• Conhecer as fontes de onde vêm os alimentos que consumimos;
• Apresentar informações sobre animais e plantas que fornecem alimentos;
• Conhecer as vitaminas e proteínas existentes nos alimentos.

DESENVOLVIMENTO:
Será realizado através de atividades orientadas pelo professor na sala de aula e Culminância.

Atividades:
• Falar sobre a importância de uma boa alimentação orientando – se pelos objetivos do Projeto.
• Recortar de revistas os alimentos mais importantes para uma boa nutrição;
• Montar um álbum;
• Montar um mural com os tipos de vitaminas que cada alimento possui;
• Interpretação de textos;
• Produção de textos, bilhetes e convites;
• Músicas poesias, dramatizações, teatro de fantoches relacionadas a saúde e nutrição;
• Confecção de máscaras;
• Visita ao mercado do Bairro;
• Visita a APAE Rural;
• Falar sobre a importância da alimentação alternativa (observar receita);
• Fazer uma salada de frutas, observar receita.
Salada de Fruta Suíça.
- 1 abacaxi, sem miolo.
- 1 mamão pequeno, maduro.
- 4 bananas prata.
- 3 maçãs.
- 5 laranjas.
Colocar um copo de guaraná. Açúcar ou leite condensado a gosto.

CULMINÂNCIA:
Será realizada no dia 30/03/09 na Quadra Poliesportiva da APAE, após o recreio.

- Apresentação de músicas, poesias, dramatizações, teatro de fantoches com frutas e legumes.


AVALIAÇÃO:
Através da participação e interesse dos alunos durante as atividades desenvolvidas.


OBSERVAÇÃO:
Este Projeto é flexível, podendo sofrer alterações de acordo com as necessidades do aluno, da família e da escola.




Visconde do Rio Branco (MG), 23 de Março de 2009.

Supervisora Pedagógica – Maíra Augusta Silva

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

APAE DE V.R.B.

APAE de Visconde do Rio Branco oferece na área da educação as seguintes modalidades:


.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL
É a primeira etapa da educação básica e objetiva o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Este dispositivo evidencia a convicção de que o processo educacional inicia-se no crescimento da criança e realiza-se como um processo contínuo que contribui para a formação do ser humano.
Em nossa APAE a educação infantil realizar-se-á na Fase I, organizando-se por meio de dois programas:



a) Programa de Estimulação Precoce:
Programa Educacional especializado de caráter preventivo, destinado a crianças na faixa etária de 0 a 3 anos, com problemas evolutivos decorrentes de fatores genéticos, orgânicos e/ou ambientais. Será realizado por meio de atividades educacionais e psicopedagógicas conduzido por profissionais qualificados. Tem finalidade precípua promover o desenvolvimento integral da criança, de modo a ampliar suas perspectivas educacionais, social, bem como a melhoria da qualidade de vida pessoal, familiar e coletiva.
O Programa objetiva, ainda, evitar o surgimento de deficiências (no caso de bebês de risco) e minimizar o efeito de deficiências ou defasagens já existentes.

b) Educação Pré-Escolar
Destinada a crianças de 4 a 5 anos de idade, visa a proporcionar condições adequadas e favoráveis ao seu desenvolvimento nas dimensões física, emocional, cognitiva e social.
Será usado como orientação o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, será proposto um currículo flexível, com ajustes necessários que atendam às necessidades especiais das crianças.

1.2 – ENSINO FUNDAMENTAL
Realiza-se por meio de conteúdos curriculares que integram conhecimentos úteis ao exercício da cidadania, incorporados a valores éticos e estéticos, que contemplam a auto-estima do aluno e atitudes adequadas ao convívio social. Currículos que comprometam o educando com posturas relevantes para sua vida pessoal e coletiva.
Os programas de escolarização contemplam do 1o ao 5o ano do ensino fundamental, com base nas orientações contidas nos PCNS, e ajustes curriculares requeridos pelas necessidades especiais dos educandos.

1.3 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Serão trabalhados programas flexíveis quanto à carga horária, à duração e aos componentes curriculares próprios dessa modalidade educativa, será levado em consideração o contexto sócio-cultural do aluno, visando à aquisição de competências e habilidades que permitam ao aluno formação favorável à sua inserção na vida comunitária e ao mundo do trabalho. Deve contemplar conhecimentos acadêmicos adequados às suas condições pessoais, o domínio da leitura e da escrita, das operações matemáticas básicas e conhecimentos sobre a natureza e a sociedade. Será focalizado, também, conquistas nas dimensões cognitivas, além da aprendizagem de valores e atitudes sociais, bem como oportunizar a educação da cidadania.

1.4 - Programas Pedagógicos Específicos
Os Programas Pedagógicos Específicos inserem-se na proposta curricular da APAE Educadora destinando-se aos educandos a partir de 14 anos de idade com deficiência mental, associada, ou não, a outras deficiências. São alunos que por possuírem alterações profundas no processo de desenvolvimento, aprendizagem e adaptações profundas no processo de desenvolvimento, aprendizagem e adaptação social requerem uma proposta educacional diferenciada que atenda às suas necessidades especificas. São elegíveis para esses programas os seguintes alunos:
- Oriundos do programa de escolarização inicial da escola da APAE;
- Transferidos de outras unidades da APAE e outras instituições congêneres
- Oriundos da comunidade, sem escolarização anterior.
Para esse grupo de alunos é iniciada a construção de um currículo funcional , cuja finalidade é desenvolver ações educativas que enfatizam o desenvolvimento de capacidades/habilidades que tornem independentes, produtivos e conseqüentemente mais aceitos socialmente, contemplado:
- A escolarização formal – com adaptações curriculares significativas e ênfase nas atividades de artes, cultura e lazer.
- O domínio da vida diária – caracteriza-se pela autonomia no lar, na escola e na comunidade.


1.5 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Programas de Iniciação para o Trabalho
Serão oferecidas oportunidades de vivências em atividades práticas e acadêmicas que podem revelar potencialidades, aptidões e interesses dos educandos para exercício de funções profissionais.
O educando que não apresentar as condições requeridas para participar desses programas será encaminhado para programas de caráter ocupacional ou terapêutico oferecidos na Instituição.

1.6 – APAE RURAL
Foi criada a APAE RURAL que oferece condições e programas aos nossos alunos para adquirirem habilidades em atividades voltadas para Horticultura, Piscicultura, Fruticultura, Atividades Acadêmicas, Artesanato, Equoteparia e Avicultura.

2 – DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
Serão realizados por meio de procedimentos técnicos e metodológicos, estratégias de ensino e aprendizagem, procedimentos avaliativos e atividades programadas para os alunos como: os alunos serão situados nos grupos com os quais melhor possa trabalhar; serão adotados métodos e técnicas de ensino e aprendizagem específicas para o aluno, na operacionalização dos conteúdos curriculares, sem prejuízo para as atividades docentes; utilizadas técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação variados; quando necessário, sem alterar os objetivos da avaliação e seu conteúdo serão propiciados apoio físico, visual, verbal e outros ao aluno impedido em suas capacidades temporária ou permanentemente, de modo que permita a realização das atividades escolares e do processo avaliativo. Estes procedimentos poderão ser oferecidos pelo professor regente, professor especializado ou pelos próprios colegas. Serão introduzidas atividades individuais complementares para o aluno alcançar os objetivos comuns aos seus pares. Serão introduzidas atividades complementares específicas para o aluno, individualmente ou em grupos e serão suprimidos objetivos e conteúdos curriculares que não possam ser alcançados pelo aluno em razão de sua(s) deficiência(s) substituindo-os por objetivos e conteúdos acessíveis, significativos e básicos para o aluno.
A participação dos pais na construção do conhecimento de nossos alunos é imprescindível, pois ela será a nossa parceria mais eficaz para o desenvolvimento de todos os programas, desde a prevenção até a gestão da entidade, e do movimento como um todo.
Será facilitada e assegurada através de estratégias adequadas, participação da família nas decisões das instâncias do movimento.
Sensibilizamos outros segmentos da sociedade civil, no intuito de melhorar o atendimento aos nossos alunos, oferecendo-lhes qualidade de vida e promovendo a inclusão.
Para promover a nossa Instituição e oferecer maior conforto, atendendo nos diversos setores, serão angariados recursos através de carnês, parceria com o município, doações de pessoas simpatizantes com o movimento, verbas através de Projetos, etc. Os investimentos feitos com todos estes recursos serão apresentados à sociedade, através de publicação nos jornais locais.
Os programas das atividades artísticas, culturais, pedagógicas e esportivas, serão desenvolvidos tendo como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais, garantindo a inclusão de nosso aluno na rede regular de ensino, para prosseguimento de sua escolarização. Se for necessário, de acordo com o processo avaliativo, poderá receber da escola especial da APAE, atendimento de apoio especializado, pedagógico e psicopedagógico, bem como beneficiar-se de outros serviços disponíveis na entidade. Na transferência do aluno para o ensino regular, será considerado o sistema de progressão adotado pela escola que efetivará a matrícula.
Será encorajada a formação de grupos de autodefensores, a seleção e formação de lideranças, encontros sistemáticos e a criação de suas próprias pautas de discussão. Nossos alunos serão ouvidos com o respeito que merecem e deverão estar presentes e participar dos processos de tomada de decisão.
Enfim, é fundamental ressaltar que o didático-pedagógico esteja em perfeita harmonia para que a qualidade do processo ensino-aprendizagem seja alcançada. A escola cada vez mais deve investir no “saber” e no “saber-fazer”, referencial teórico pautado nas ciências que permite a criticidade nas diversas formas pelas quais os conteúdos são tratados e o respeito aos referenciais de conhecimentos adquiridos na escola, ou fora dela, por meio de reflexão e/ou práticas culturais, ao longo da vida, conforme pauta o documento da UNESCO “Educação – um Tesouro a Construir” (2000, p. 16).

APAE EDUCADORA

Federação das APAES do Estado de Minas Gerais

Área Pedagógica

Articuladora Local – Maíra Augusta Silva
Ano - 2008



APAE EDUCADORA: A ESCOLA QUE BUSCAMOS

Proposta Orientadora das Ações Educacionais

APAE Educadora: A Escola que Buscamos mostra os caminhos que devemos percorrer para garantir a independência, auto-realização, o desenvolvimento pleno das potencialidades da pessoa com deficiência mental, a sua felicidade e participação na família e comunidade. Com a implantação da nova proposta estaremos cumprindo nossa missão de assegurar a pessoa com deficiência mental o direito à educação de qualidade e ao trabalho, tendo como propósito a sua inclusão social.
Amparada pelos dispositivos normativos, a APAE Educadora: A Escola que Buscamos propõe um conjunto de ações pedagógicas, tendo como princípio a educação especial, enquanto uma das modalidades da educação escolar brasileira, que se organiza de modo a buscar a inclusão social paradoxo de uma sociedade global que pressupõe que todos os cidadãos têm acesso aos diferentes serviços e usufruto dos bens materiais disponíveis, situação que Rivera (in: Osório, 1995, p. 5) denomina universalização e mundialização da vida..... Nossa realidade, entretanto, nos apresenta um cenário diferenciado dessa possibilidade, principalmente em se tratando da educação. Em vista disso, apresentamos esta proposta na tentativa de criar uma nova forma de ver a realidade nas relações entre diversidade, diferença e deficiência, rompendo com preconceitos e mecanismos de exclusão e de segregação social. A legislação existente no país constitui o primeiro aspecto, pois a partir dessa base legal foi possível assegurar a legitimidade das ações para garantia de direitos sociais básicos a todas as Pessoas com Deficiências.
A proposta tem como ponto de partida a construção de uma escola que tenha um compromisso social para com todas as pessoas com deficiência mental. Além disso, visa suprir a necessidade de atender às demandas sociais latentes e sistematizar, na medida do possível, as ações pedagógicas das escolas das APAEs, dentro de uma perspectiva formal de escolarização para a vida. A proposta APAE Educadora caracteriza-se como um instrumento de identidade das ações educacionais do Movimento Apaeano, expressa pelo compromisso de materializar o direito de todos a uma educação de qualidade.
Esse aspecto refere-se à história do Movimento Apaeano, suas lutas, conquistas e expectativas, que são consolidadas na presente proposta como mais um registro de sua missão, visão, valores e princípios filosóficos com o objetivo de garantir que as Pessoas com Deficiências sejam respeitadas nas suas diferenças e ocupem espaços sociais e educacionais onde possam realizar suas competências e habilidades.
A construção do projeto pedagógico como carta emancipatória e de compromisso educacional e social com os educandos com deficiências, assim como a formação desses educandos, é o terceiro aspecto que caracterizamos no seio da proposta. Com ele, aparece a concepção metodológica, calcada em uma prática libertadora, histórico-crítico-social, que enfatiza as potencialidades e competências dos educandos independentemente de suas condições biopsicossociais. Focaliza, ainda, a organização do currículo, o processo de avaliação e a terminalidade específica para aqueles que não atingiram níveis de ensino exigidos.

1. A ESCOLA QUE BUSCAMOS: ASPECTOS LEGAIS

A presente proposta pedagógica nasce da necessidade de cumprir os dispositivos legais vigentes no país, os princípios do Movimento Apaeano e, principalmente atender as demandas sociais latentes. Os documentos legais que subsidiaram os estudos estão elencados a seguir:
1.1. Constituição Federal de 1988;
1.2. Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência Lei nº 7.853 de 1989;
1.3. Decreto nº 3.298/99, que Regulamenta a Lei nº 7.853/89;
1.4. Estatuto da Criança e do Adolescente . Lei nº 8.069, de 1990;
1.5. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional . Lei nº 9.394, de 1996;
1.6. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), MEC, 1997;
1.7. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997.
1.8. Diretrizes Nacionais de Ensino Fundamental, CEB nº 2, de 7 de abril de 1998;
1.9. Diretrizes Nacionais de Educação Infantil, CEB nº 1, de 7 de abril de 1999;
1.10. Diretrizes Nacionais de Educação de Jovens e Adultos, CNE/CEB de 5 de julho de 2000;
1.11. Plano Nacional de Educação . Lei nº 10.172, de 2001;
Esses documentos orientam os princípios pedagógicos subjacentes e as
estratégias de se fazer educação, comuns a todos os cidadãos brasileiros que estão vinculados à formação escolar. De forma sucinta, cada um deles será analisado a seguir.

1.1. Constituição Federal (CF) de 1988

A Constituição Federal estabelece que a educação é direito social de todo brasileiro, garantido pelo Estado, assim como .a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Capítulo II, artigo 6º). Esse direito é reforçado ainda pelo artigo 203, inciso III, quando aborda a promoção da integração ao mercado de trabalho e pelo inciso IV, no qual são destacadas, dentre os objetivos da assistência social, .a habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
No artigo 206, encontramos os princípios que regem o ensino brasileiro, tendo como premissa a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola de acordo com o inciso I e .gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, prevista no inciso IV.
Em seu artigo 208, inciso III, a Constituição Federal relaciona os deveres do Estado para com a educação, garantindo o atendimento especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.
Já o artigo 213 regulamenta a aplicação dos recursos públicos financeiros, enfatizando que estes serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, a serem definidas em lei.

1.2. Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
. Lei nº 7.853, de 1989, regulamentada pelo Decreto nº 3.298.

Essa lei consolida e estabelece normas gerais para o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência e sua efetiva integração social contemplando aspectos relacionados à educação, saúde, previdência social e a criminalização do preconceito.

1.3. Decreto nº 3.298, que Regulamenta a Lei nº 7.853/1989

“Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre a Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências.

1.4. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) . Lei nº 8.069, de 1990

Em 1990, foi aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) abordando os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, regulamentando o artigo 203 da Constituição Federal (1988), com questões ali enunciadas e garantindo a operacionalização dos objetivos previstos do ponto de vista do exercício da cidadania.
O artigo 54, em seu inciso III, estabelece a responsabilidade do Estado em assegurar atendimento educacional especializado as pessoas de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino..
O artigo 66 estabelece que ao adolescente com deficiência é assegurado trabalho protegido.

1.5. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional . Lei nº 9.394, de 1996

A educação especial é concebida como organização das práticas pedagógicas e como uma das Modalidades de Educação Escolar a ser oferecida a qualquer cidadão brasileiro que dela necessite para seu desenvolvimento humano e exercício de sua cidadania.

2. O Porquê desta Proposta

A proposta APAE Educadora: A Escola que Buscamos visa à definição e
construção de um projeto pedagógico em âmbito nacional, ou seja, em cada uma das instituições escolares do Movimento Apaeano, podendo ser operacionalizado em duas frentes de ações. A primeira desenvolvida no interior do próprio Movimento, introduzindo a educação escolar, utilizando-se das normas comuns às instituições pedagógicas e oferecendo os níveis de educação infantil, ensino fundamental (primeiro e segundo ciclo) e as modalidades de educação de jovens e adultos e educação profissional.
A segunda frente de ação volta-se aos princípios de parcerias interinstitucionais, tendo como referência o processo político-social de formação dos alunos com e garantia de ações coletivas que permitem propiciar
o pleno desenvolvimento das potencialidades sociais, afetivas e intelectuais do aluno.Parte-se da premissa que a educação é um ato de construção social e que não deve se limitar à instituição escolar. Torna-se necessário uma articulação com as famílias, empresários e outras entidades representativas que possibilitem um conjunto de ações que garantam as especificidades da própria dinâmica da formação para o exercício da cidadania.
Na definição das ações pedagógicas, a escola deverá prever e prover suas prioridades, em termos de recursos humanos, materiais, organização curricular e práticas pedagógicas, garantindo sua competência institucional e parceiros no projeto.
De acordo com esse contexto, a proposta APAE Educadora: A Escola que Buscamos orienta que, em cada uma de suas unidades, deve-se discutir a melhor forma de atender às necessidades educacionais de seus alunos em seu
processo de aprender, definindo-se ou não pela implantação de serviços e apoio especializados, oferecidos no âmbito da própria escola ou em parceria com outras instituições.
Caracteriza-se como serviço especializado aquele oferecido pelas escolas especiais, centros ou núcleos educacionais especializados, instituições públicas e privadas de atuação na área da educação especial, realizado em parceria com as áreas de saúde, da assistência social e do trabalho.
É importante salientar que o que se entende como serviços de apoio especializados são os serviços educacionais oferecidos para atender às especificidades dos educandos portadores de deficiência e podem ser organizados em turno contrário ao da classe comum, formalmente desenvolvidos em salas de recurso, de apoio pedagógico e serviços de itinerância ou por meio de outras alternativas encontradas pela comunidade escolar.

2.1. A Quem se Destina a Presente Proposta?

A proposta da APAE Educadora destina-se ao atendimento educacional de crianças, jovens e adultos com deficiência mental e outra(s) deficiência(s) associada(s) com o envolvimento de suas famílias, em uma perspectiva que contemple a escolarização e os princípios da inclusão social em sua plenitude.

2.2. Como se Realiza?

Os princípios gerais da educação das pessoas com necessidades educacionais especiais, por terem deficiência, foram previamente delineados pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tendo como eixo norteador a elaboração do projeto político pedagógico da escola que incorpore essa modalidade de educação escolar a partir de uma articulação com a família e a sociedade civil organizada. Segundo Osório (1999), o projeto político-pedagógico é um mecanismo de ajustes que busca corrigir distorções educacionais, acobertadas ou não, que provocaram/ provocam uma inversão dos reais propósitos do processo ensino aprendizagem, principalmente no que abrange as relações entre teoria e prática, mas essencialmente o sentido da escolaridade de cada cidadão (p.13).
Esta nova possibilidade nos leva a rever o papel da instituição escolar, da gestão escolar, do aluno, da formação escolar, do ensino formativo e da infraestrutura escolar frente à educação do cidadão com necessidades educacionais especiais.

2.3. Como se Dá a Formação do Aluno?

Conforme estabelecem os dispositivos legais da educação brasileira, o processo escolar tem início na educação infantil, de zero a seis anos, em creches e em turmas de pré-escola, as quais possibilitam a identificação de deficiências e a intervenção educacional técnica e especializada, após identificação para atenuar as possibilidades de atraso no desenvolvimento integral do aluno.
O trabalho educacional pedagógico oferecido tem evidenciado significativo sucesso desses educandos no percurso educacional. Para tanto, é importante que os conteúdos e materiais a serem trabalhados em sala de aula estejam de acordo com a necessidade de recursos tecnológicos, humanos e outros, contemplando assim a diversidade das demandas educacionais.

2.4. Em Busca de Uma Trajetória
A história da educação brasileira tem revelado que no decorrer do desenvolvimento da sociedade, da ciência e das diferentes formas de produção, vários caminhos demarcam os avanços e retrocessos das diferentes posturas de ler e entender a educação. Esses caminhos têm em comum a busca da socialização do conhecimento.
As tendências pedagógicas são consideradas como um dos marcos que têm definido a função social da escola. A atuação dos professores na prática pedagógica reflete suas concepções teórico-metodológicas. Algumas de cunho liberal (Pedagogia Tradicional, Renovada Escola Nova e o Tecnicismo) e outras de cunho progressista (Pedagogia Libertadora, Histórico Crítico-social dos Conteúdos) caracterizam as tendências que explicitam a concepção das relações dos sujeitos envolvidos no ato pedagógico e a sua forma de construção de conhecimento.

2.5. A Identidade da Escola: O Currículo

A concepção de currículo deve estar ligada a uma visão de conhecimento como algo que se constrói, em permanente transformação, em uma relação interativa com o contexto histórico-cultural, com dimensões políticas, sociais e pedagógicas. Pode ser comparado a um conjunto de ações para organização dos saberes, como processamento de informações para a construção do conhecimento e formação dos sujeitos sociais. O currículo é, portanto, dinâmico, flexível, envolvendo todas as ações e relações desenvolvidas no interior da escola em seus diferentes contextos.
Os currículos devem ter uma base nacional comum, conforme determinam os artigos 26 e 27 da LDB nº 9.394/96, a ser ampliada por uma parte diversificada exigida, pelas características do educando e pelas especificidades socioculturais.

2.6. Refletindo a Prática Pedagógica: A Avaliação
A proposta APAE Educadora pela sua importância e complexidade, deve prever na operacionalização alguns mecanismos avaliativos que garantam a continuidade dos pressupostos e das ações aqui definidas.
São necessárias adaptações de acordo com a especialidade de cada uma das instituições escolares apaeanas. Por conta disso, torna-se prioritário o
estabelecimento de mecanismos de acompanhamento e uma contínua avaliação desse processo.
Definida a proposta da APAE Educadora, cada unidade escolar, mediante todas as discussões e a estrutura metodológica sugerida, deverá elaborar o seu projeto político-pedagógico em consonância com as orientações definidas durante esse percurso. O projeto político-pedagógico da instituição deve compor um conjunto integrado e articulado em que os objetivos, prioridades e metas estejam calcados nos pilares das concepções da educação infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos e educação profissional.

2.7. A Escolarização e sua Terminalidade

Conforme previsto no capítulo V de Educação Especial, artigo 59 (LDB, 1996), é permitido: Terminalidade Específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, .... (p. 28).
Operacionalizado o currículo nas dimensões estabelecidas pela presente proposta, a certificação de conclusão de escolaridade ocorrerá, através da terminalidade específica com característica codificada e/ou descritiva, explicitando as habilidades e competências desenvolvidas pelos educandos com deficiência mental, observando os dispositivos legais vigentes e o regimento da instituição.

Para a operacionalização da proposta pedagógica, as escolas das APAEs devem basear-se no currículo da rede regular de ensino, flexibilizando-o e realizando adequações que atendam às potencialidades e necessidades dos educandos, tendo como referências curriculares:
. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC/SEF, 1998);
. os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental, compatíveis com os níveis de ensino com os quais atua (MEC/SEF, 1998);
. a Proposta Curricular da Educação Para Jovens e Adultos (Ribeiro, 1999);
. os Parâmetros Curriculares Nacionais . Adaptações Curriculares:
Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais
Especiais (Carvalho, 1999).






REFERÊNCIA

APAE educadora - a escola que buscamos: proposta orientadora das ações educacionais / coordenação geral: Ivanilde Maria Tíbola. – Brasília: Federação Nacional das APAEs, 2001. 56 p.